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sábado, 20 de janeiro de 2018

Ensinando "espíritas" a fazer caridade

Apesar dos "espíritas" ganharem respeito de forças progressistas, o tipo de caridade praticada pelos seguidores de Chico Xavier nunca foi além do conceito de altruísmo entendido e defendido pelos conservadores: uma caridade paliativa, que não elimina miséria e desgraça e que nunca traz a verdadeira dignidade, servindo apenas de mero consolo diante de problemas que nunca acabam.

É estranho ver uma forma de caridade precária e paliativa ser tão exaltada pela sociedade, mesmo sem oferecer resultados reais. Há décadas esse tipo de caridade é praticado sem causar uma pequenina mudança na sociedade como um todo. Lideranças "espíritas" tidas como "maiores filantropos do mundo" são endeusadas praticamente de graça, por causa de altruísmo inócuo.

Será que lideranças "espíritas" tem que fazer curso de altruísmo, para saber como se faz a verdadeira caridade, aquela que ELIMINA PROBLEMAS e que seja responsável por transformações reais na sociedade como um todo. Ou "espíritas" são tão molengas que tem medo de grandes empresários, fazendo vista grossa a crônica ganância sempre demonstrada por estes?

É preciso lutar com todas as forças para que PROBLEMAS SEJAM ENCERRADOS. Não são palestras bonitinhas como as que ocorrem na festiva, mas inútil, campanha Você e a Paz que irão eliminar problemas. É fácil dizer para o ganancioso deixar de ser ganancioso. Difícil é cobrar do ganancioso que ele largue a ganância. 

Quando "espíritas" se encontram com gananciosos, é só para receber prêmios. E sair sem falar nada. Prêmios são uma ótima forma de estimular a passividade e  silêncio conformista. E é jogada fora uma excelente oportunidade de colocar autoridades na parede e exigir que façam coisas para que os problemas que perpetuam as injustiças sejam eliminados.

Os governos progressistas, que possuem mais senso de altruísmo que qualquer "espírita", tentaram fazer medidas que eliminassem as desigualdades sociais. Mas as grandes e gananciosas elites do dinheiro, com sua capacidade infinita de comprar tudo e todos, agiram rapidamente como forte e sólida barreira para o progresso humanitário. 

Essas elites fizeram de tudo para impedir a ação de progressistas, culminando no golpe de 2016. Golpe que os "espíritas" apoiaram e ainda apoiam. Apesar de haver progressistas que ingenuamente seguem o "Espiritismo" brasileiro. certamente pensando que Chico Xavier, que odiava movimentos sociais, era um militante guevarista.

Estranho ver lideranças "espíritas" que se consideram "senhores do universo" agirem como carneirinhos mudos quando se encontram com capitalistas, saindo mudos e entrando calados sem sequer reivindicar uma só medida de benefício aos mais carentes. Nem que seja apenas o asfaltamento de 1km de uma rua.

A caridade "espírita" deve ser diferenciada. Deve ser combativa e não consoladora. Os problemas devem ser eliminados e os mais carentes tirados da pobreza. As palestras devem ser duras com os poderosos - entenda como poderosos os donos do dinheiro e não os políticos surrados injustamente pela mídia corporativa, esta quase sempre mentirosa e manipuladora - exigindo a melhoria da distribuição de renda e direitos.

Mesmo que o "Espiritismo" seja uma religião de elite, atraindo para si gente abastada que usa a fé religiosa como capa para esconder a sua real ganância, deveria se lembrar do sempre esquecido, mas bajulado com frequência, Allan Kardec que disse que "fora da caridade não há salvação". Caridade não é dar um paliativo para que desgraçados aguentem o problema que nunca acaba. É tirar os mais carentes da desgraça. 

A opção dos "espíritas pela medieval Teologia do Sofrimento está sendo um grave erro que além de causar gigantescos estragos, afasta cada vez mais seguidores da doutrina, pois ninguém está a fim de seguir uma ideologia que diz que "sofrer é maravilhoso". 

Com isso, o "Espiritismo", que vive inventando que é a religião que mais cresce no país, reduziu seus seguidores dos estagnados 2% para 1,8% dos brasileiros, com sério risco de cair rapidamente para 0% se não descartar seus dogmas sem pé nem cabeça e a sadomasoquista ideia da Teologia do Sofrimento, que alega que "sofrer é bom demais para a evolução humana".

Se os "espíritas" não se empenharem em eliminar a miséria e as injustiças sociais, usando a caridade apenas como forma de canonizar as suas lideranças, vai se revelar cada vez mais um engodo igrejeiro que serve apenas para iludir almas ingênuas a acreditar que orações com palavras prontas mudam o mundo. Fazemos isso a mais de 2000 anos e tudo caminha para a piora cada vez maior.

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