OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:

IMPORTANTE: Este blogue não tem a pretensão de ser um site científico e nem de ser uma fonte para estudos. Apenas lançamos as questões e estimulamos o debate e a análise, servindo apenas para ponto de partida para estudos mais detalhados. Para quem quiser se aprofundar mais, recomendamos a literatura detalhada das obras de Allan Kardec - principalmente "O que é o Espiritismo" e visitar fóruns especializados, que não façam parte da Federação "Espírita" Brasileira.

Os textos aqui publicados são de responsabilidade de seus autores e correspondem ao ponto de vista pessoal de seus responsáveis, sejam ou não resultado de estudos.

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Rituais que precedem "manifestação de espíritos" não são para os espíritos: são para os encarnados da plateia

Já repararam que toda vez que é anunciada uma "comunicação" de espíritos, há um excessivo preparo antes do "dito cujo"? Para quem acredita, esse preparo é uma formalidade para que os supostos espíritos comunicantes se sintam à vontade, numa aura de falsa organização e protocolo.

Mas o que ninguém sabe é que este "preparo" na verdade não é feito para os espíritos e sim para a plateia que espera a tal comunicação. Trocando em miúdos, é na verdade um truque para que a plateia não perceba os erros das falsas comunicações e/ou das comunicações de espíritos mistificadores que se utilizam de falsas identidades para a satisfação de terceiras intenções.

O pseudo-espiritismo praticado no Brasil tem lançado mão de muitas fraudes na tentativa de forjar alguma veracidade aos dogmas absurdos que defende e difunde. No caso das comunicações mostradas na hora, são utilizados métodos de distração mental tradicionalmente presentes nos shows de mágica.

Os líderes pseudo-espíritas entenderam que é necessário distrair as massas para que elas não percebam as fraudes cometidas durante as supostas comunicações. Uma das táticas frequentemente adotadas é estimular a emotividade, o sentimentalismo. A pieguice (o sentimentalismo em excesso) trava qualquer tentativa de raciocínio, impedindo o funcionamento adequado das áreas do cérebro que controlam a razão. É praticamente impossível alguém apaixonado ficar contra o seu objeto de paixão, exceto quando este objeto lhe trai ou lhe decepcione em algum ponto.

Cega pela emotividade exagerada, a plateia passa a aceitar todo o ritual que se segue, acreditando que a comunicação mostrada é verdadeira e real. Qualquer tipo de discernimento é cancelado, ou se houver, é imediatamente abafado pelas mentes entorpecidas que darão preferência a fé cega que aprova qualquer coisa que se apresente como "positiva".

É necessário para os enganadores haver uma espécie de preliminar para que as pessoas presentes posam ser automaticamente induzidas a acreditar naquilo a se sensibilizar e pensar que tudo que vem a seguir é honesto, é sincero e caridoso. Por isso que as comunicações fraudulentas dependem de um pré-ritual. Pseudo-espíritas aprenderam muito bem com ilusionistas a arte de deixar as pessoas anestesiadas, para aceitar tudo que lhes apresente aos olhos.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Obras "psicografadas" ou "psicofonadas" seguem roteiro pré -determinado, sempre com proselitismo religioso e moralismo estereotipado

O pseudo-espiritismo praticado no Brasil se tornou uma bagunça. Um festival de erros que se acumulam feito bola de neve, onde fraudes e mais fraudes são feitas para preservar muitas das crenças equivocadas que foram inseridas na versão brasileira do Espiritismo por católicos dissidentes que acreditavam em reencarnação.

Claro que não é nada interessante para os católicos dissidentes largarem as suas crenças em prol do cientificismo do Espiritismo original. Se são católicos, mas acreditam em reencarnação, era ideal que criassem uma seita própria. mas preferiram "pegar emprestado" o prestígio de Allan Kardec (e somente o prestígio) e deturpar o Espiritismo, consagrando infelizmente uma avalanche de equívocos em que se transformou a versão brasileira da doutrina.

Obviamente para nós, mas não para muita gente, que espíritos sérios se afastam de um cenário como esse de "vai ou não vai", já que os católicos reencarnacionistas que respondem em nome daquilo que se entende como "Espiritismo", ao mesmo tempo que não querem assimilar os pontos corretos da doutrina, também não querem criar uma outra seita, com outro nome e outros mitos, deixando o Espiritismo que eles não conseguem compreender em paz.

Deturpar é preciso, fraudar também é preciso

Para reforçar a mitologia deturpante, os pseudo-espíritas lançaram e ainda lançam mão de muitas fraudes. Solidificar mentiras exige uma manobra bastante fraudulenta pois não é fácil provar algo que não existe como se existisse. Em nome do "amor" e da "paz" encanaram que uma "mentirinha" não ia fazer mal a ninguém. Fez e muito mal. Um verdadeiro estrago na compreensão doutrinária e consequentemente na evolução espiritual de seus seguidores.

Uma das fraudes mais comuns é a comunicação com os mortos.  Claro que existe a comunicação legítima com o além. Mas da forma que é feita no pseudo-espiritismo, muitas são oriundas de espíritos farsantes, outras são puramente anímicas (o médium "recebe" seu próprio espírito) ou a mediunidade nem existe. E em muitos casos a último caso é o que infelizmente acontece.

Para manter a farsa, e ao mesmo tempo estimular uma religiosidade tipicamente católica (lembrando que os "espíritas" brasileiros são na verdade católicos enrustidos que acreditam em reencarnação - acreditam, não conhecem), inventaram de forjar comunicações através de fenômenos chamados "psicografia" ou "psicofonia". 

Essas modalidades existem, mas como o pseudo-espiritismo brasileiro é uma piada, espíritos sérios, interessados em mandar seus recados e/ou participar de estudos, se afastam, preferindo cuidar do prosseguimento de suas trajetórias de vida (sim, a morte do corpo faz parte da vida!) em atividades bem mais importantes e produtivas.

A FEB (Federação Espúria Brasileira), encanou de estimular a produção maciça de livros com falsas psicografias e comunicações com falsa psicofonia (estas com uma boa imitação vocal em shows que lembram muito as comédias de stand-up). Falsas materializações são feitas às vezes, usando truques típicos das apresentações de mágica.

Mensagens iguais, com roteiros fixos

Muitas das obras escritas e faladas que supostamente são "ditadas" pelos "mortos", seguem sempre um roteiro fixo e são utilizadas para fazer propaganda das ideias católicas presentes no pseudo-espiritismo. Normalmente seguem o seguinte roteiro, com poucas alterações, baseadas em características superficiais do suposto espírito-autor a ser atribuído:

Morri, fui  para o mundo espiritual onde eu me arrependi dos meus erros. Aí conheci Jesus e minha vida melhorou. Hoje sou um missionário da fé e milito nas causa santa do Cristianismo.

Se ficarem mais atentos, quase todas as mensagens supostamente atribuídas a espíritos, sobretudo de famosos, segue esta fórmula, com poucas alterações. Como é que espíritos com traços de personalidade e de compreensão do mundo tão diferentes, iriam todos escrever quase o mesmo texto em suas mensagens, com claro proselitismo religioso-cristão?

Argumentam os simpatizantes dessa palhaçada que os espíritos se "santificam" após o falecimento e são "induzidos" a "reconhecer" a "importância do Cristianismo". Convém lembrar que Jesus foi importante para a Terra, sendo apenas um grão de areia na infinitude universal. Puro encerto do Catolicismo, adaptado para os interesses da vergonhosa FEB e de seus adeptos.

Duas coisas se esquecem os que acreditam nessas mensagens forjadas:
- Interesses e convicções dos espíritos são mantidos após o falecimento, pois é o que caracteriza a "bagagem" que levamos de cada encarnação.
- Muitos dos espíritos supostamente creditados como autores das obras já reencarnaram, muito provavelmente em outros planetas, estando bem longe das comunicações que lhe são atribuídas.

Com muita certeza as comunicações proselitistas são uma farsa. Podem até ser mesmo comunicações dos mortos, mas não as dois autores atribuídos e sim de espíritos mistificadores que se aproveitam da credulidade dos que esperam as comunicações para embutirem suas ideias.

Mas em sua maioria não passa de uma farsa montada pela máfia terrestre, com falsos médiuns que criam personagens fictícios para fazerem papel de espíritos comunicantes e enganarem a população para convertê-las para esse Catolicismo enrustido que acredita em reencarnação. Nunca se fraudou tanto com o objetivo de difundir e consagrar graves equívocos doutrinários. E é por isso que a sociedade está aí, sem evoluir e completamente incapaz de resolver seus problemas mais crônicos.

domingo, 24 de agosto de 2014

Exigem provas dos erros de Chico Xavier. Eu exijo as provas dos acertos.

Se há alguém no mundo que sofre uma blindagem indestrutível, com direito ao surgimento de milhares (e até milhões!) de guardas costas voluntários, tão truculentos quanto os que se vê acompanhando políticos e celebridades, é o médium Chico Xavier. 

Basta uma pequena crítica, mesmo construtiva, sair da boca de alguém que o vespeiro de defensores do falecido médium sai da colmeia. Tratado como semideus e defendido como se não possuísse defeitos, Xavier virou uma espécie de verdade absoluta e inquestionável e toda  e qualquer crítica feita a ele deve ser dita com palavras cuidadosamente escolhidas, caso contrário, uma imensa e interminável polêmica começa a surgir, com devotos bastante revoltados.

Tudo é feito para defender Xavier. Até alguns privilégios lhe são concedidos como o de ceder a responsabilidade de seus erros a terceiros. Ora tratado como inocente, ora tratado como um líder incorruptível, em todos os casos, Xavier acabou se tornando um estereótipo da bondade máxima, sendo um modelo a ser seguido.

E eu pergunto: que modelo? Todos cobram provas de que o médium errou, perguntam onde os críticos se basearam para fazer tais comentários. Mas os mesmos se esquecem de cobrar provas do outro lado: o da bondade de Chico Xavier. Onde estão as provas de que ele era "a bondade máxima e absoluta que nunca deve ser questionada"?

Sabe-se que a sua influência não trouxe nenhuma transformação social que servisse de justificativa para a sua suposta "bondade extrema". Ajudou um e outro como qualquer homem comum ajudaria. Mas na contramão contribuiu muito para que outras melhorias fossem canceladas, sobretudo as que exigiam um maior desenvolvimento intelectual. 

E o que é curioso é que muitos devotos de Xavier já começam a criar uma aversão à intelectualidade, chegando a dispensar o desenvolvimento intelectual para a evolução espiritual. É assim? Então para quê Deus colocou um cérebro em cada uma de nossas cabeças? para enfeite? Para pesar a cabeça? Se não serve para pensar, serve pra quê?

Quero provas da bondade extrema de Xavier. Quero que alguém convença, usando a lógica e o bom senso, de preferência despido de fé, o resultado do que Xavier fez com a sociedade em geral. Pelo que se sabe, a humanidade brasileira tem dado sinais bem claros de piora tanto intelectual quanto emotiva e isso também é observado em muitos devotos do médium bonzinho. Como uma sociedade que nunca consegue resolver os sue problemas pode ser considerada espiritualmente "evoluída"?

Mesmo querendo provas da "bondade máxima" de Xavier, sei que não irei consegui-las. Os defensores do idolatrado médium irão certamente forjar provas falsas na tentativa de proteger o médium de qualquer crítica e manter intacto o mito construído em torno dele. Pois não dá para transformar em provas aquilo que não existe e não é observado.

Na verdade, Xavier, que nasceu e morreu sem conhecer a verdadeira Doutrina Espírita, não passou de um cidadão comum, um fiel católico "sequestrado" pela FEB que o transformou em mito, com o absoluto consentimento do médium, que gostou de brincar de sábio, angariando o prestígio que o fez, influente, querido e completamente intocável como um semideus. Ou como o próprio Deus?

Xavier, um semideus proibido de ser criticado pelos erros que cometeu, mas que deve ser admirado pelos acertos que não cometeu. Nunca uma ideologia teve que apelar tanto para a incoerência para manter interesses particulares de líderes e de seguidores, incluindo a proteção do prestígio de um cidadão comum transformado em divindade.

domingo, 17 de agosto de 2014

Querem tirar a intelectualidade do Espiritismo

Uma postagem publicada em um site pseudo-espírita português (mas inspirado no Pseudo-espiritismo tradicionalmente praticado no Brasil) mostrou a carta de uma pseudo-espírita que estava reclamando que nos fóruns de redes sociais, o Espiritismo estava tendo muitas reflexões intelectuais e que isso a incomodava. A missivista queria um Espiritismo menos intelectual e mais "amoroso". Mal sabe ela que estava dizendo uma gigantesca tolice.

Como a missivista, muita gente tem cobrado um "Espiritismo" menos racional, com mais pieguice, centrado no moralismo religioso e na caridade paliativa, como acontece nas religiões mais tradicionais.

Somente quem pesquisa a fundo sabe que o Espiritismo surgiu para ser uma ciência que estuda as outras dimensões da matéria e da não-matéria. Kardec era um cientista ligado a Educação, mas competente em várias áreas do conhecimento e que se interessou em pesquisar a fundo se baseando nos fenômenos estranhos que pode presenciar.

Mas depois do falecimento de Kardec, o Espiritismo foi deturpado, ainda na França, através de Jean Baptiste Roustaing, que apesar de esquecido na historigrafia espírita, suas ideias equivocadas s~]ao defendidas até hoje (e estranhamente atribuídas a Kardec). As ideias de Roustaing tinham forte conteúdo religioso, já que o mesmo era deoto da Igreja Católica.

E foi esse "Espiritismo" tosco, roustainguista que chegou ao Brasil, desviando totalmente da proposta original, descartando totalmente o aspecto científico (apenas lembrado na hora de autenticar os dogmas absurdos que aparecem a cada dia na versão deturpada da doutrina) e inserindo uma forte religiosidade estranha aos primórdios da doutrina.

Esta religiosidade fortaleceu de maneira assustadora, transformando aquilo que é praticado no Brasil com o nome de "Espiritismo" em algo totalmente diferente do original, cuja única semelhança é admissão da vida pós-morte. E nada mais além disso.

Boa parte dos seguidores do "Espiritismo" brasileiro na verdade são católicos, com todos os trejeitos e crenças, que acreditam em reencarnação e por isso largaram a sua verdadeira fé para entrar no "Espiritismo" e consagrar essa bagunça que está aí. O trabalho de Kardec foi literalmente jogado no lixo, abandonado às moscas.

E claro, apesar de usar a ciência para bajular ou para autenticar erros, o "Espiritismo" brasileiro não é nada racional, perdendo seu valioso tempo com redundantes textos sobre moral e amor e portador de uma pieguice que cega a lógica, favorecendo a crença em tolices absurdas e um materialismo enrustido que faz bem às vistas e muito mal ao cérebro.

Por  isso a missivista preferiu reivindicar a emotividade vazia que foi consagrada no Pseudo-espiritismo. Décadas e mais décadas envolto numa tola pieguice, o "Espiritismo" brasileiro se consagrou por uma não-racionalidade que só impede a compreensão real do mundo, emperrando a evolução espiritual (que inclui o intelecto) e difundindo os erros que confundem tantas mentes que deveriam estar trabalhando pelo progresso da humanidade, ao invés de estarem ajoelhados diante dos absurdos que somente a fé cega é capaz de consagrar.

Uma coisinha: renegar o intelecto é um grave erro, cara missivista. Ou você acha que este maravilhoso, complexo e avançadíssimo computador, que chamamos de cérebro, foi colocado dentro de nossas cabeças só para enfeite ou para "pesar" a cabeça?

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Não Acrediteis Em Todos Os Espíritos

OBS: Como temos criticado - com justiça - as deturpações, as fraudes e os mitos desse pseudo-espiritismo praticado no Brasil, é dever nosso colocar aqui um texto que alerta sobre os falsos espíritos, encarnados ou não, que transformaram o espiritismo brasileiro em uma bagunça, um Carnaval de erros que engana muita gente, além de ter emperrado e adiado a evolução espiritual da humanidade. Denunciar a mentira é uma importante forma de caridade.

Não Acrediteis Em Todos Os Espíritos


Allan Kardec - Evangelho Segundo o Espiritismo, Tradução de Herculano Pires


            6 – Caríssimos, não acrediteis em todos os Espíritos, mas provai se os Espíritos são de Deus, porque são muitos os falsos profetas, que se levantaram no mundo. (João, Epístola I, cap. IV: 1).

            7 – Os fenômenos espíritas, longe de confirmarem os falsos cristos e os falsos profetas, como algumas pessoas gostam de dizer, vêm, pelo contrário, dar-lhes o último golpe. Não soliciteis milagres nem prodígios ao Espiritismo, porque ele declara formalmente que não os produz. Da mesma maneira que a Física, a Química, a Astronomia, a Geologia, revelaram as leis do mundo material, ele vem revelar outras leis desconhecidas, que regem as relações do mundo corpóreo com o mundo espiritual. Essas leis, tanto quanto as científicas, pertencem também à natureza. Dando, assim, a explicação de uma ordem de fenômenos até agora incompreendidos, o Espiritismo destrói o que ainda restava do domínio do maravilhoso.

            Como se vê, os que fossem tentados a explorar esses fenômenos em proveito próprio, fazendo-se passar por enviado de Deus, não poderiam abusar por muito tempo da credulidade alheia, e bem logo seriam desmascarados. Aliás, como já ficou dito, esses fenômenos nada provam por si mesmos: a missão se prova por efeitos morais, que nem todos podem produzir. Esse é um dos resultados do desenvolvimento da ciência espírita, que pesquisando a causa de certos fenômenos, levanta o véu de muitos mistérios. Os que preferem a obscuridade à luz, são os únicos interessados em combatê-la. Mas a verdade é como o Sol: dissipa os mais densos nevoeiros.

            O Espiritismo vem revelar outra categoria de falsos cristos e de falsos profetas, bem mais perigosa, e que não se encontra entre os homens, mas entre os desencarnados. É a dos Espíritos enganadores, hipócritas, orgulhosos e pseudo-sábios, que passaram da Terra para a erraticidade e se disfarçam com nomes veneráveis, para procurar, através da máscara que usam, tornar aceitáveis as suas idéias, freqüentemente as mais bizarras e absurdas. Antes que as relações mediúnicas fossem conhecidas, eles exerciam a sua ação de maneira mais ostensiva, pela inspiração, pela mediunidade inconsciente, auditiva ou de incorporação. O número dos que, em diversas épocas, mas sobretudo nos últimos tempos, se apresentaram como alguns dos antigos profetas, como o Cristo, como Maria, e até mesmo como Deus,é considerável.

            São João nos põe em guarda contra eles, quando adverte: “Meus bem amados, não acrediteis em todos os Espíritos, mas provai se os Espíritos são de Deus; porque muitos falsos profetas se têm levantado no mundo”. O Espiritismo nos oferece os meios de experimentá-los, ao indicar as características pelas quais se reconhecem os bons Espíritos, características sempre morais e jamais materiais. (Ver o Livro dos Médiuns, Caps. 24 e segs.). É sobretudo ao discernimento dos bons e dos maus Espíritos, que podemos aplicar as palavras de Jesus: “Reconhece-se à árvore pelos seus frutos; uma boa árvore não pode dar maus frutos, e uma árvore má, não pode dar bons frutos”. Julgam-se os Espíritos pela qualidade de suas obras, como a árvore pela qualidade de seus frutos.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Tratamento de "semi-deus" protege Chico Xavier de críticas

Toda vez que o nome de Chico Xavier é mencionado, mesmo em comunidades sérias de Espiritismo (as que não cultuam o médium e seus equívocos doutrinários), parece que uma colmeia cheia de abelhas assassinas foi cutucada. Muita gente se apressa, em questão de segundos, a defender o médium, como se ele, mesmo admitidos seus erros, pudesse ser poupado de qualquer responsabilidade.

Isso acontece porque o famoso médium mineiro foi estigmatizado como um semi-deus, mesmo que este rótulo não tenha sido mencionado. Seu mito goza de privilégios que nenhum outro ser na terra possui. O respeito exigido para ele não é o que devemos ter diante de uma pessoa comum e sim o digno de uma divindade. Uma pesquisa mostrou que há quem ache que Xavier está cima até mesmo de Jesus (que segundo os espíritos que falaram para Kardec, é o ser mais evoluído entre os que estiveram na Terra).

E isso garante uma imunidade (ou impunidade?) a Xavier, que mesmo tendo errado, tem a sua responsabilidade transferida para terceiros, o que além de anti-doutrinário é gravemente anti-ético.

Mas já me disseram várias vezes que criticar Xavier soa "anti-doutrinário". Isso é dito por quem interpreta "perdoar" com "aceitar erros". Para os fãs do médium, devemos aceitar cegamente o seu prestígio de "homem mais bondoso da Terra", deixando para lá seus erros. Ou seja, importa mesmo é "canonizar" o médium e aceitar a sua divinal prerrogativa.

Isso é muito ruim, pois Xavier, segundo fatos comprovados, era apenas um fiel católico que por sua sensibilidade mediúnica foi "sequestrado" pela FEB e transformado em mito para vender livros que ajudaram a enriquecer a instituição (embora muita gente ainda pensa que os lucros iam para caridade. Que caridade?). Se fosse para a caridade, a FEB não iria se empenhar tanto em manter o falso mito do médium semi-deus.

Xavier errou e admiradores deveriam admitir a responsabilidade dele

Xavier errou? Errou e muito. E foram erros graves. Deve ser perdoado por isso? Bom, depende do que a pessoa entende como "perdão". Se perdoar significa cancelar a responsabilidade, a resposta é NÃO.

O famoso médium de personalidade ingênua (que muitos pensam ser sintoma de humildade) além de errar muito, nunca se preocupou em corrigir seus erros, preferindo levar adiante e até reforçá-los. Seriam um bom sinal de humildade se Xavier tivesse aproveitado a famosa entrevista do programa televisivo Pinga Fogo para esclarecer sobre as deturpações doutrinárias. Mas Xavier, que segundo quem conviveu com ele, não era nada humilde, usou o programa para aumentar ainda mais a mitologia em torno dele.

Xavier viveu e morreu espalhando erros sem ter q decisão coerente de corrigi-los. Morreu tão católico quando era desde que era criança. Erroneamente - ideia infelizmente arraigada - tido como "líder maior" do Espiritismo brasileiro (na verdade um Pseudo-espiritismo, muito diferente do Espiritismo original), preferiu consagrar ainda mais seus erros, pois sabia que isso lhe daria mais prestígio e poder de influência, além de dar muito dinheiro aos seus tutores da FEB.

Se Xavier não era o capo da mafia espiritual, era o seu melhor jagunço. Estava sempre de prontidão para satisfazer os interesses de quem quer que fosse, o que foi confundido pelos seus seguidores como "bondade". Xavier não era bondoso e sua suposta bondade não foi suficiente para realizar uma transformação social como um todo. Algo que vai muito contra a enorme responsabilidade atribuída ao médium, até hoje tido como símbolo máximo de bondade sem gerar uma mínima melhoria social.

Erros de Xavier, o "bondoso", geraram um grave dano à sociedade

Au Contraire! As ideias contidas em seus livros transformaram o Espiritismo (que nasceu para ser uma ciência) em uma religião dogmática como outra qualquer, com "verdades" impostas sem qualquer tipo de comprovação e uma pieguice infantil que não ajudou em nada a sociedade a se melhorar, travando inclusive o desenvolvimento intelectual, fazendo nascer inclusive uma hojeriza ao intelecto nas mentes dos seguidores fanáticos do médium mineiro.

Emperrar a evolução espiritual foi um grave dano feito pelo "bondoso" Xavier e isso deve ser criticado com firmeza e clareza. Chico Xavier foi o pior dos falsos profetas anunciados na codificação e a responsabilidade de seus atos, exclusiva dele, nunca deve ser atribuída a terceiros. Se erros, Xavier deve responder por isso. E criticá-lo por incrível que pareça, é uma forma de caridade e respeito, pois indicamos os pontos de onde deve ser corrigido.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Xavier perdeu a oportunidade de corrigir seus erros

O estrago foi feito.  Transformado em mito e líder máximo, tratado como semi-deus e influente como um sábio, Chico Xavier acabou emperrando a evolução espiritual de seus adeptos, sobretudo no aspecto do intelecto, difundindo ideias erradas, e usando o nome do Espiritismo para se promover.

Tudo bem se ele não metesse o Espiritismo nessa roubada

Se Xavier tivesse usado outro nome para definir a ideologia que difundia, tudo bem. Nós aqui deixaríamos em paz e nenhum estrago seria feito. Mas o Espiritismo, descoberto por Allan Kardec com a intenção de alavancar o desenvolvimento das mentes das pessoas (gente, mente é espírito! Como se esquecer disso?), foi completamente deturpado, distorcido, caluniado, para se reduzir a uma crendice tola como as outras, que tratam lendas como fatos e que estimulam o não-raciocínio em prol da defesa de teses absurdas que só servem para garantir poder, credibilidade e dinheiro para as lideranças que as difundem.

Defensores de Xavier se agitam sempre que o médium caipira é questionado. Alguns até admitem seus erros, mas proíbem qualquer tipo de crítica. Sendo tratado como semi-deus, com o prestígio de ser uma espécie de "Jesus" dos pseudo-espíritas, muitas prerrogativas lhe são dadas para que o mito não sofresse qualquer tipo de "arranhão". Era mais fácil, cômodo e "respeitoso" responsabilizar terceiros pelos erros cometidos por Chico Xavier.

Mas nem precisava tentar proteger o médium de sua responsabilidade. Xavier, ele mesmo, criou seus próprios "arranhões". Se foi enganado, preferiu passar adiante os seus enganos ao invés de verificá-los e corrigi-los. Se foi enganador, atuou como cúmplice de espíritos ruins e dos abutres que sempre comendaram a Federação "Espírita" Brasileira, colaborando para que o poder destes (e do próprio médium) se torne forte o suficiente para manobrar intelectualmente as massas.

Xavier gerou graves danos sociais

Confirmado mesmo é que Xavier fez gerou danos. Graves danos. O "homem mais bondoso da Terra" nada fez que pudesse transformar radicalmente a sociedade. A caridade praticada é muito pequena comparada a responsabilidade atribuída a sua mitologia.

E a deturpação cometida gerou imensos danos. Pseudo-espíritas que entram em pânico imensurável após a morte por se decepcionar com a dimensão espiritual totalmente diferente da que aprenderam com Xavier. Problemas sociais aqui na Terra que poderiam ser facilmente resolvidos se não fosse a deturpação que desviou o caminho da evolução intelectual. E fora a permanência em um igrejismo medieval, já que as obras de Xavier e de seus discípulos catavam o lixo da Idade Média que não interessa mais aos católicos, hoje interessados a rever muitos de seus mitos. Algo que o católico Xavier, um intruso de outra crença deveria ter feito enquanto vivo.

Do contrário da mitologia atribuída ao carismático médium, Xavier com certeza já se reencarnou, para aprender as lições que não conseguiu com a famosa encarnação. A responsabilidade atribuída a ele de "condutor de almas" era muito grande e ele fez um péssimo uso dela. Voltar para "resgatar" essa dívida é o mínimo a ser feito para que Xavier tentasse assumir os erros que cometeu e que seus fãs insistem em tirar o médium dessa responsabilidade. Erros são pessoais e sua responsabilidade também, e ninguém deve pagar pelos erros senão aquele que os cometeu.

Xavier e a sua responsabilidade

O travamento na evolução intelectual da humanidade é um grave dano que deve ser responsabilizado. Xavier nunca se preocupou em "pular fora da brincadeira" aumentando ainda mais a sua participação nos erros sugeridos pela FEB e por espíritos mal intencionados.

Xavier optou por levar as lendas e erros do Catolicismo para o Espiritismo brasileiro, ao invés de levar a elucidação do Espiritismo para o Catolicismo. Ou seja, preferiu involuir a Doutrina Espírita transformando-a naquilo que ela não é, do que avançar o Catolicismo.

Seria muito bom que Chico Xavier fosse totalmente eliminado da historiografia espírita. Ele ainda é como um câncer que sem ser totalmente extirpado, continua a causar grandes estragos por onde age. 

Não precisamos das "tolas palavras de amor" atribuídas a Xavier. Elas nunca melhoraram a sociedade, cada vez mais ignorante e insensível. Não é agora que irão melhorar.

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Ainda continuam defendendo o absurdo de Xavier ter sido Kardec

Não tem jeito. Ainda pipocam textos e mais textos, além de declarações de personalidades ainda defendendo o absurdo que diz que o médium ingênuo Chico Xavier era a reencarnação de Allan Kardec, algo impossível de acontecer. Há outros loucos varridos que alegaram ser também reencarnação do codificador do Espiritismo, mas o boato de Xavier soa mais sedutor para a maioria dos pseudo-espíritas.

Apesar da crença ainda ser forte nesta tese absurda, nenhum argumento convincente apareceu para provar ou justificar isto. E nem vai aparecer, já que para que esta tese seja verdadeira:

- Kardec renegou suas próprias ideias, resultantes de pesquisa, em prol do igrejismo religioso de Xavier, um católico praticante que entrou de penetra no Espiritismo brasileiro;

- Haveria a possibilidade de um espírito regredir (passar de intelectual a ignorante - Xavier desconhecia totalmente a Doutrina Espírita) e descartar o que aprendeu, além de mudar radicalmente os traços de personalidade;

- Se Chico "era Kardec",então "Kardec" era desonesto, não teve palavra, enganou a todos, além de defender um monte de bobagens que ia contra as obras da codificação, preferindo jogar no lixo todo o trabalho sério feito "na encarnação anterior".

- "Kardec" seria o tal "intelectual falido" citado por Xavier na famosa entrevista do pinga fogo, ao ser perguntado quem era em sua vida anterior. Fatos biográficos de Kardec desmentem a tese do "intelectual falido";

- Pelas características de personalidade (que permanecem após o desencarne e se mantem nas vidas posteriores), é muito mais fácil Chico Xavier ser a reencarnação de Bezerra de Menezes. Apesar de ainda não provável, vários aspectos envolvendo os dois deturpadores do espiritismo fazem bastante sentido para que a hipótese de que Chico e Bezerra sejam o mesmo espírito seja possível.

Espírito não muda de personalidade

A hipótese de que Chico e Kardec são o mesmo espírito está 1.000.000% descartada. Não faz sentido. O Espiritismo seria totalmente desmoralizado se alguém tentasse provar que esta tese é verdadeira. Muitos pontos presentes nas obras da codificação provam que isso é impossível.

Espírito não muda de personalidade. Nossas qualidades e defeitos de personalidades permanecem em nossos espíritos, sendo a nossa "bagagem" a levar para a pós-morte. Para que a tese "Chico era Kardec" fosse verdadeira, a personalidade seria completamente alterada, pois os dois tinham traços de personalidade extremamente diferentes e potos de vista bastante opostos.

Como um ingênuo caipira católico pode ter sido um intelectual decidido, sério, pesquisador curioso e cético? Perdeu qualidades? Até o argumento frouxo (e trouxa) de que "na encarnação ele foi privado dessa intelectualidade por ter feito mal uso dela" destrói definitivamente esta tese absurda, já que Kardec fez muito bom uso de sua intelectualidade, criando uma série de obras muito útil para a compreensão daquilo que conhecemos como matéria e principalmente daquilo que não faz parte dela, tudo que é estranho ao nosso mundo palpável, sejam outros estados da matéria, seja as dimensões espirituais.

Xavier, só por ter a faculdade de mediunidade (o que não faz de ninguém um espírita - boa parte das religiões e até ideologias laicas, tentam se comunicar com os mortos), foi pego como "refém" por integrantes da FEB que o transformaram em "galinha dos ovos de ouro", com um festival de livros ditados por Emmanuel, um espírito de padre muito mal intencionado e cujo conteúdo tinha um festival de erros doutrinários e históricos, além de proselitismo religioso e moralismo arcaico. Arcaico, mas definido como "moderno" pelos seus crédulos defensores.

Porque defendem tanto esta tese?

Este absurdo, mesmo com especialistas provando a sua impossibilidade (até mesmo o espiritólico Raul Teixeira desmentiu essa tese), continua sendo difundido. Carlos Bacceli, ex-integrante da cúpula da FEB disse uma vez de maneira bem arrogante (cadê a humildade, hein?): "Queiram ou não queiram, Chico é Kardec e não se discute!". É querem transformar uma asneira em lei inquestionável.

Mas porque esta tese ainda é tão defendida? Dois motivos, simultaneamente existentes podem justificar a insistência neste absurdo:

- Dar credibilidade a obra espúria de Chico Xavier, doutrinariamente errada, igrejista, moralista, ditada por espíritos farsantes em sua maioria e alguns nem sequer foram psicografados (ele não era médium 24 horas por dia), além de desmentir toda a codificação com a desculpa esfarrapada de "atualização". Associar Chico a Kardec seria uma forma de legitimar e consagrar as obras do médium ingênuo.

- Ufanistas (patriotismo exagerado - OBS: patriotismo é sentimento materialista, pois espírito não tem pátria) se excitam ao pensarem que Kardec "escolheu o Brasil" para reencarnar. O Espiritolicismo herdou das religiões do Oriente Médio a teoria do "povo escolhido", inventando essa palhaçada de "Brasil coração do mundo" para criar uma vaidade tola que aumenta ainda mais o fanatismo dos pseudo-espíritas brasileiros.

Certamente estes são os motivos que fazem com que a absurda tese de que Chico Xavier era reencarnação de Allan Kardec seja defendida com insistência. Uma prova definitiva que o Pseudo-espiritismo praticado no Brasil não tem nenhum compromisso com a lógica científica e o bom senso, preferindo a tola fé cega que transformou o que deveria ser uma filosofia científica em uma igreja dogmática como outra qualquer, emburrecendo fiéis e enriquecendo lideranças.