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IMPORTANTE: Este blogue não tem a pretensão de ser um site científico e nem de ser uma fonte para estudos. Apenas lançamos as questões e estimulamos o debate e a análise, servindo apenas para ponto de partida para estudos mais detalhados. Para quem quiser se aprofundar mais, recomendamos a literatura detalhada das obras de Allan Kardec - principalmente "O que é o Espiritismo" e visitar fóruns especializados, que não façam parte da Federação "Espírita" Brasileira.

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segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Complementar as ideias de Kardec significa adicionar a essas ideias, não subtraí-las

Os espiritólicos, seguidores desta forma estranha de Espiritismo que se consagrou no Brasil através do prestígio de espíritos, médiuns e palestrantes, acreditam que Allan Kardec está "ultrapassado" e que deveria ser complementado. Isso em tese, pois na prática, para os mesmos fiéis de "São" Chico Xavier, as ideias de Kardec deveriam ser eliminadas, sendo apenas o nome do codificador a ser poupado para servir de atestado para tudo isso que está aí sobre o nome de "Espiritismo".

Mas Kardec está mesmo ultrapassado. Claro que não! Kardec escreveu obras atemporais, futurísticas e que até hoje soam bem atuais. Se há um e outro ponto datado, é porque estava de acordo com o contexto da época (ou acham que Kardec ia falar sobre avião e internet?). E mesmo assim, Kardec, a sensatez em pessoa, garantiu que se a lógica e o bom senso dissessem a ele que ele estava errado, ele mudaria automaticamente, pois para ele, o importante é manter a lógica e o bom senso, coisas bem esquecidas pelos espiritólicos.

O que a obra de Kardec precisa é algo que o acrescente. Por serem obras fundamentais, contando o mínimo do que se deve estudar para compreender a doutrina, nunca deve ser descartado. Os estudos devem sempre começar pelos livros da codificação. Se for possível acrescentar, acrescente, mas desde que não se descarte as lições aprendidas pelas obras fundamentais da codificação.

Mas o que se vê na prática é o "acréscimo" de obras que subtraem a base racional da doutrina. Obras psicografadas (por espíritos de índole duvidosa) ou não psicografadas (escritas assumidamente pelo próprio autor ou falsamente psicografadas - ATENÇÃO: existem charlatães!) que distorcem, enrolam e até discordam das obras fundamentais. Ninguém é impedido de ler estas obras estranhas, mas saibam que não servem para a compreensão doutrinária e sim para mostrar o que NÃO deve ser feito.

Kardec pesquisou muito para chegar as suas conclusões. Reuniu vasto material que foi criteriosamente selecionado. Informações inúteis, fúteis, nocivas ou risíveis, todas eram eliminadas por conter algo que não serve para o processamento intelectual da doutrina. Diferentemente dos espiritólicos que recebem comunicações sem verificar o seu conteúdo, achando que mensagens de paz e amor são suficientes para a evolução intelectual.

Quando quiser estudar a doutrina espírita, nunca se esqueça de estudar as obras fundamentais. Nestas obras é que poderemos encontrar com segurança as informações que serão úteis para a compreensão do Espiritismo. E se quiser atualizar ou complementar, procure obras que realmente desenvolvam as ideias contidas nas obras fundamentais. Livrinhos com palavras doces são mero entretenimento que em nada tem ajudado na evolução intelectual de seus seguidores, além de não revelar e nem explicar como é a vida em outras dimensões, preferindo a ilusória fantasia e a pieguice inútil para seduzir quem as lê.